Ônibus elétrico testado em Niterói em 2021
Niterói começou a elaboração do Plano de Ação Climática, focado na formulação de políticas públicas para o combate às mudanças climáticas na cidade. As ações serão desenvolvidas por meio das Secretarias do Clima, Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMRHS) e Defesa Civil e Geotecnia. A assinatura da ordem de início para que o consórcio formado pela ICLEI América do Sul e WayCarbon elaborem o plano foi dada pelo prefeito Axel Grael durante evento no Parque da Cidade. A iniciativa representa um passo fundamental na jornada rumo a uma cidade mais preparada para o futuro e menos suscetível às mudanças climáticas.
“A questão do clima é uma prioridade, não é uma agenda só de sustentabilidade, uma agenda ambiental, é uma agenda de sobrevivência da nossa cidade, da nossa espécie, do nosso planeta, e a gente precisa dar essa dimensão para o trabalho que a gente faz”, definiu Axel Grael.
Segundo o Secretário do Clima, Luciano Paez, o plano engloba um conjunto de estratégias voltadas para enfrentar as mudanças climáticas, com o objetivo de minimizar impactos negativos sobre a população, economia e meio ambiente.
“O objetivo central é direcionar medidas de adaptação aos eventos climáticos extremos, reduzir as emissões de gases de efeito estufa em direção a uma economia de baixo carbono e aumentar a resiliência com relação às mudanças climáticas”, afirmou Luciano.
O plano aponta algumas ações que serão implementadas na cidade como o estabelecimento de metas de curto prazo (dois anos), médio prazo (cinco anos), longo prazo (dez anos) e muito longo prazo (vinte anos) para redução das emissões de gases de efeito estufa, em todos os setores de investimentos públicos e privados, com o objetivo de neutralizar completamente as emissões em Niterói até 2050. Além disso, o plano irá fornecer diretrizes para aumentar a resiliência dos sistemas socioeconômicos e ecológicos, incluindo diversificação econômica e gestão sustentável dos recursos naturais.
Além disso, pretende estimular o uso de energias renováveis e a substituição gradual de combustíveis fósseis por alternativas com menor potencial de emissão de gases de efeito estufa. Outra ação que consta do documento é o desenvolvimento e integração de regulamentos de planejamento urbano e uso do solo para promover a mitigação dos gases de efeito estufa e estratégias de adaptação territorial a eventos climáticos extremos.