Na clássica literatura, talvez venhamos aprender a viver. Ao longo da nossa mais pacata existência, teremos de matar, simbolicamente, muitas pessoas. Seremos ambíguos nos amores e nas amizades, alternando o sublime com o vulgar. A existência acumula sacrifícios, e muitos fantasmas que vagam sobre as nossas muralhas. Talvez tenhamos um amigo verdadeiro, e com certeza, vários outros nos incomodarão pela estrada.
Teremos de fingir muitas coisas para não causar tragédias, inclusive alguma demência estratégica, surdez seletiva e até uma conveniente cegueira de quando em vez. Todo mundo é um teatro. A vida, uma representação. Logo, seria muito sábio não acreditar sempre na personagem que interpretamos, especialmente quando dizemos que somos sinceros e que estamos dizendo a verdade. A essência sempre será infinitamente maior do que a vulgaridade de nossas aparências.