As obras de implantação da primeira etapa do sistema cicloviário da Região Oceânica, que terá 21 quilômetros de extensão, já foram iniciadas. Este primeiro lote contempla as áreas da Almirante Tamandaré, no trecho entre a prainha de Piratininga até a rotatória da entrada de Camboinhas, passando por toda a orla de Piratininga e a Avenida Acúrcio Torres. A Avenida Irene Lopes Sodré, no Engenho do Mato, também será beneficiada nesta fase de intervenções. Ao todo, serão implantados 60 quilômetros, que contarão com ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, além de bicicletários fechados, paraciclos e requalificação urbana de vias.
Após a conclusão das obras deste primeiro lote, serão licitadas as subsequentes, incluindo mais uma etapa de infraestrutura cicloviária, a requalificação urbana da Avenida Almirante Tamandaré no trecho entre o Trevo de Camboinhas e o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp). Também serão licitadas a instalação de paraciclos e bicicletários fechados nos mesmos moldes do bicicletário Araribóia, que serão instalados ao longo do trajeto dos ônibus da TransOceânica, a sinalização direcional e informativa e um sistema de monitoramento.
Responsável pela Coordenadoria Niterói de Bicicleta, Filipe Simões explica que este monitoramento automático será realizado através da implantação de equipamentos de contagem volumétrica de ciclistas em pontos estratégicos.
“Este equipamento terá caráter permanente, com baixa manutenção e envio dos dados em tempo real para uma plataforma on-line. Desta forma, será possível gerar dados atualizados e metodologicamente consistentes quanto à circulação de bicicletas nestes principais eixos de deslocamento, a fim de subsidiar o planejamento e mensurar a efetividade das medidas de incentivo à mobilidade por bicicleta”, conta.
Com esta ampliação da malha cicloviária, Niterói irá ultrapassar cem quilômetros de vias cicláveis. Filipe Simões destaca que este projeto irá proporcionar mais segurança para quem pedala e trazer mais ciclistas para a Região Oceânica. Ele lembra que foram realizadas diversas reuniões com a população em todas as etapas de elaboração do projeto.
“A participação da população no processo de planejamento desta infraestrutura foi fundamental para a definição das estratégias que deram origem aos projetos que estão sendo executados. É a forma de aproximar o usuário à gestão da Prefeitura e adotar a experiência de quem usa a cidade no dia-a-dia para obter soluções que atendam às necessidades do cidadão. A bicicleta, por seu caráter democrático e inclusivo, é um elemento importante deste processo, e esta obra é uma grande vitória para todos que lutam pela bicicleta como solução para a mobilidade nas cidades”, enfatiza.