Jurista presidiu Tribunal de Justiça, foi acadêmico e professor
A prefeitura de Niterói inaugurou, na Praça César Tinoco, no Ingá, o busto do desembargador Jorge Fernando Loretti. Ao lado do prefeito Rodrigo Neves e familiares de Loretti, participaram da solenidade dois ex-presidentes do Tribunal de Justiça do Rio, Marcus Faver e Manuel Alberto Rebêlo.
Durante a inauguração, D. Cléa, de 94 anos, viúva do desembargador, lembrou que nessa praça eles iniciaram o namoro na juventude. Já Rodrigo, ao ver tantos juristas no evento, recordou seu bisavô Antonino Neves, que presidiu o TJ.
“O doutor Jorge Loretti, além de um grande magistrado, de um grande político e de um grande literato e acadêmico, era um grande niteroiense apaixonado por Niterói. Ele também tinha uma biblioteca pessoal com um acervo extraordinário e, além dessa homenagem, eu já vinha conversando com a dona Cléa para levar esse acervo para o Memorial Roberto Silveira, no Caminho Niemeyer, e criar ali uma biblioteca Jorge Loretti”, disse o prefeito.
Falando em nome da família, Ricardo Loretti, neto de Jorge Loretti, lembrou a trajetória do avô, que presidiu o Tribunal de Justiça entre 1991 e 1992 e foi membro da Academia Fluminense de Letras. Graduado em 1947 pela Faculdade de Direito de Niterói, Loretti integrou o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e o Instituto dos Advogados Brasileiros, seção do Estado do Rio de Janeiro. Em 28 de dezembro de 1979, foi promovido ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Dedicou-se também ao magistério, sendo professor titular do Departamento de Direito Público da Faculdade de Direito, membro do Conselho Universitário de Ensino e Pesquisa, além de diretor do Centro de Estudos Sociais Aplicados da Universidade Federal Fluminense.