As perspectivas para o setor de óleo e gás nos próximos anos, o cenário econômico para o Estado do Rio e seus municípios e o Fundo de Equalização da Receita de Niterói, conhecido como Poupança dos Royalties, foram temas de destaque do workshop “Niterói do Futuro – Compromisso com a Sustentabilidade Fiscal para as Próximas Gerações”, realizado nesta semana na Sala Nelson Pereira dos Santos, em São Domingos. O evento contou com a presença de especialistas da área e representantes da sociedade civil.
“A prefeitura de Niterói foi a que fez mais propostas de eventos para o Circuito Urbano desse ano, no Brasil inteiro. E no ano passado, quando lançamos pela primeira vez a pesquisa sobre Cidades Sustentáveis, Niterói foi o município com o maior número de respostas”, comentou Rayne Ferretti, oficial nacional da ONU-habitat para o Brasil.
Na abertura dos debates, mediados pelo jornalista George Vidor, o economista Mauro Osório analisou o cenário econômico do estado do Rio. O pesquisador Mário Vargas discorreu sobre a estrutura e evolução do mercado de trabalho em Niterói no período de crise que o País enfrentou nesta década. Já o diretor-geral da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (AbesPetro), Claudio Makarovsky, falou sobre as perspectivas e oportunidades de negócios do setor de óleo e gás para os próximos anos. O especialista no setor enérgico, Marcelo Ferraro, avaliou o cenário para o gás como fonte de energia em meio ao processo de crescimento de uso de fontes renováveis.
A secretária de Fazenda, Giovanna Victer, citou algumas iniciativas que a prefeitura de Niterói promove desde 2013 para incentivar o desenvolvimento, como o Niterói Audiovisual, o Polo Cervejeiro, a Lei de Hotéis e a Frente Marítima.
“Sabendo que os recursos do petróleo são extraordinários e finitos, começamos a olhar vários setores econômicos. E, em um determinado momento, olhamos para a capacidade instalada de estaleiros e portos em Niterói. E percebemos que não poderíamos fugir a essa vocação”, disse Giovanna, que completou: “vamos fazer projetos que consideramos estruturadores, fundamentais para garantir a condição dessas operações, como a dragagem do canal de São Lourenço. E vamos fazer isso tomando todo cuidado com a questão ambiental. Nosso objetivo é gerar emprego e prosperidade, mas com responsabilidade ambiental”.