Projeto Grael e Prevela foram a porta de entrada no esporte, para Fabiana da Silva
A história de Fabiana da Silva é mais uma história curiosa de superação. Medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Badminton, a atleta de 31 anos é niteroiense do Preventório, comunidade em Charitas, ex-aluna do Prevela e do Projeto Grael, ambos destinados a disseminar a cultura náutica e da maritimidade.
Fabiana costumava velejar na escolinha, e, em um dia que não ventava muito, seu professor, José Inácio dos Santos, tirou da mala a raquete e umas petecas para ela brincar. Foi aí que começou sua paixão pelo Badminton, modalidade esportiva que pouca gente ouviu falar no Brasil. O professor é suboficial aposentado da Marinha, e integrou a missão que trouxe da Inglaterra para o Brasil a terceira fragata da Classe Niterói, comprada dos ingleses. Com isso, ficou 13 meses em Hythe Field, na Inglaterra. Um dia, na escola dos filhos, foi convidado a jogar Badminton, gostou do esporte, acabou trazendo raquetes e petecas para o Brasil, em 1978. Em rede social, Inácio disse que sente-se honrado pela vitória da atleta, e parabenizou a equipe do Prevela, o Projeto Grael e, claro, a medalha de bronze Fabi.
“Após o acidente do Lars, na época vice-campeão estadual de Badminton, ele doou o material para quem se comprometesse a treinar. Fabiana levantou o dedinho. Parabéns, Fabiana! Parabéns, Prevela! Parabéns, Inácio!”, comemorou Axel Grael, fundador do Projeto Grael e Secretário de Planejamento, Modernização da Gestão e Controle de Niterói, em publicação no Facebook.
O Badminton é um esporte praticado entre dois ou quatro jogadores. Ele se parece com o tênis, mas tem peculiaridades. Ao invés de bola, os jogadores rebatem uma peteca, chamada de volante ou birdie, que consegue chegar a velocidade de até 300 quilômetros por hora.
O jogo foi criado na Inglaterra do século XIX, inspirado no Poona, esporte indiano. Aparentemente, o nome da prática está relacionado com a Badminton House, local onde aconteceram os primeiros jogos, propriedade do Duque de Beaufort’s. Da Inglaterra ele foi levado para outros países da Europa, Ásia e América. No Brasil, o Badminton ainda não é um jogo muito popular, embora essa modalidade venha crescendo a cada ano.
“A vela e o Badminton foram os divisores de águas na minha vida, sou muito grata por ter tido a oportunidade de ter feito o Projeto Grael e ter conhecido o Badminton, e também ter aprendido esse esporte que tanto amo através do Prevela. Obrigada!”, comentou a atleta.