Por Simone Botelho
No dia em que mãe fores, não esqueças daquela menina que embalava bonecas, sonhando com este momento que agora vives. Ela te ajudará a cantar acalantos, mesmo nas noites insones; a buscar o sorriso em meio às rugas de preocupação; a encontrar forças para jogar bola ou pular corda, mesmo quando o corpo te exige que pules na cama.
No dia em que avó fores, não te esqueças da mãe que eras. Será ela quem te fará entender as escolhas de teus filhos, pais dos netos; a compreender teus amados netos quando preferirem o programa com amigos do que o almoço com vó: a ter certeza de que o amor supera as crises da adolescência, as distâncias, os namoros ou casamentos quando a relação é atada com laços de respeito e carinho.
E, se filhos ainda são, entendam que nas mães, seja em que hierarquia for, habitam várias mulheres que, por onde passam, deixam a sua marca. E então, quando com elas estiverem, possibilitem que, ao partir, cada uma leve consigo o coração recarregado pela certeza do amar e ser amada.