O Brasil registra anualmente cerca de 40 mil casos de amputação causadas por acidente ou doença. O Sistema Único de Saúde (SUS), por sua vez, não consegue atender a demanda da população, pois a maioria das próteses robóticas são importadas e caras. Com foco nessa realidade, um grupo interdisciplinar formado por alunos dos cursos de Medicina, Computação, Engenharia e de Telecomunicações da UFF se reuniu e criou o Projeto da Rede Acadêmica de Cibernética e Humanidades (Reach), com a finalidade de desenvolver próteses de baixo custo.
De acordo com o coordenador do Núcleo de Estudos de Tecnologias Avançadas (NETAv), Ricardo Campanha Carrano, a preocupação com a causa social, em especial com os pacientes amputados atendidos pelo SUS, mobilizou alunos e professores a participarem do trabalho, reunindo 63 participantes.
Segundo ele, o Projeto Reach, que completa dois anos em junho de 2019, é uma iniciativa exclusivamente de alunos. O grupo empreendedor buscou em laboratórios e departamentos da UFF apoio para o projeto. A iniciativa fez com que muitos professores se prontificassem a ajudar, orientando alunos, apresentando a outros parceiros, dentro e fora da universidade. O professor da Engenharia de Telecomunicações, João Marcos Meirelles, e o pesquisador do Laboratório MidiaCom, Flávio Seixas, são exemplos de docentes que se dispuseram a ajudar e hoje são peças-chave na iniciativa.