Prefeitura e Caixa passam 200 moradias às vítimas das chuvas de 2010
“Hoje é um dia de muita felicidade, um dia para comemorar. É o dia em que estamos resgatando nossa dignidade”. Essas foram as palavras do aposentado José Maximiliano da Silva, de 79 anos, ao receber as chaves do seu apartamento no condomínio Vivendas do Fonseca, na Zona Norte. José Maximiliano é uma das vítimas das chuvas que atingiram a cidade em 2010 e que foram contempladas com a entrega realizada pela prefeitura de Niterói e a Caixa Econômica Federal.
José foi o primeiro morador a receber as chaves. Ele morava com a filha no Morro do Estado em 2010, e conta que perdeu tudo que tinha com as fortes chuvas naquele ano.
“Desde então estava morando em São Gonçalo. Minha vida mudou completamente. Hoje tenho um novo teto, um lar de novo. Vou morar aqui com a minha filha e minhas duas netas. É um recomeço, uma nova história que será escrita nas nossas vidas”, disse bastante emocionado.
O Vivendas do Fonseca possui 200 apartamentos divididos em 10 blocos. Cada apartamento tem sala, dois quartos, cozinha, área de serviço e banheiro. A área comum do condomínio conta com quadra de esportes, área de lazer, com churrasqueira e brinquedos para as crianças, além de estacionamento. O condomínio faz parte do programa Morar Melhor e foi financiado através do programa Minha Casa, Minha Vida.
“Estamos realizando o sonho da casa própria para tantas pessoas que necessitam de moradia. Muitas dessas pessoas que estão recebendo as chaves estavam recebendo aluguel social e são vítimas das chuvas de 2010, de regiões como o Centro, Caramujo, Cubango, Fonseca, Boa Vista, São José, entre outras. Nossa previsão é de entregar mais 280 unidades habitacionais, em março, no Condomínio Poço Largo, em Ititioca”, afirmou o secretário municipal de Habitação, Beto da Pipa, ressaltando que praticamente todas as famílias da tragédia do Morro do Bumba já foram beneficiadas.
O Ministério do Desenvolvimento Regional informou a impossibilidade de aceitar o pedido da prefeitura de Niterói para que moradores atingidos pelo rompimento do maciço do Boa Esperança, na Região Oceânica, fossem beneficiados com unidades desse empreendimento, uma vez que é voltado para vítimas das chuvas de 2010.
As secretarias de Habitação e de Assistência Social estão estudando uma alternativa para que as famílias sejam atendidas o mais rápido possível. Vale ressaltar que as 67 famílias atingidas receberam três parcelas do benefício assistencial de R$ 1.002 mensais.