Não. Não me acostumo com a falta de amor. Simplesmente não dá. Sobrevivo da necessidade de viver o amor. Não falo do amor nas relações íntimas. Falo do amor do dia a dia que se baseia nas palavrinhas mágicas que aprendemos lá atrás.
O “bom dia” logo cedo (que nunca fez ninguém perder a voz), o “com licença” puro para seguir um caminho, o “desculpe” sincero, caso você esbarre sem querer em alguém, o “por favor” gentil, quando se precisa de alguém (quem consegue fazer tudo, tudinho, completamente sozinho?) e o “obrigada” verdadeiro, reação aprazível a quem nos ajuda, acolhe e atende.
Por vezes o estresse e as preocupações da vida nos invadem com sentimentos duros. Não quero, aqui, dizer que jamais me sinto mal e que consigo espalhar a alegria todo o santo dia. Quem dera! Tem dias que busco a energia não sei de onde para acordar pela manhã. E, nesses dias, o mundo nem imagina o tamanho dos meus problemas e das minhas aflições.
O mundo não tem culpa. O mundo e eu somos apenas vítimas dos dissabores inevitáveis dessa vida. Fechar a cara e fingir que os outros são invisíveis ou culpados por alguma frustração própria não vai resolver nada.
Às vezes basta um sorriso para se conseguir chegar aonde quer! Mas aí só vale o sorriso verdadeiro, o do fundo da alma. Aquele que transforma! Simples, claro e direto.
Porém, se ainda assim for muito difícil sorrir, o segredo está em manter a amorosidade no dia a dia. Ou simplesmente não sair de casa até você “resetar”. Se a obrigação te chama, apenas use as palavrinhas mágicas e coloque amor em sua vida. Eu vivo intensamente essa escolha.
E que venham mais uns bons longos anos assim. Com amor, por favor.