O Mercado Municipal de Niterói recebeu oficialmente o título de Patrimônio Histórico, Cultural, Turístico, Gastronômico e Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. A cerimônia de reconhecimento aconteceu nesta sexta-feira, 7 de fevereiro, no saguão do prédio histórico localizado na Avenida Feliciano Sodré, número 488, no Centro. O título coloca o espaço no roteiro turístico nacional e amplia o potencial econômico da cidade.
Inaugurado em 1938 pelo então presidente Getúlio Vargas, o mercado passou por uma grande reforma e foi reaberto em 2023, após décadas de abandono. Com um investimento de R$ 69 milhões, viabilizado por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) entre a Prefeitura de Niterói e o Consórcio Novo Mercado Municipal, o prédio preservou suas características arquitetônicas originais, em estilo neoclássico, e recebeu adequações internas para se modernizar.
A vice-prefeita de Niterói, Isabel Swan, presente na cerimônia, destacou a relevância do mercado para a cidade. Para ela, o espaço é um símbolo de tradição e desenvolvimento. “Temos em Niterói uma estrutura que é um ponto de turismo, cultura, gastronomia e história. Isso nos traz muito orgulho, valoriza nossa trajetória e amplia o potencial econômico da região”, afirmou.
Representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, participou da cerimônia e anunciou a inclusão do mercado no roteiro turístico nacional. “O turismo cumpre um papel decisivo para o Brasil, para o Rio e para Niterói. Este mercado tem potencial para se tornar um espaço de grandes eventos”, ressaltou.
A deputada estadual Verônica Lima, autora da lei que conferiu o título ao mercado, destacou o trabalho realizado para recuperar o espaço. “O prefeito Rodrigo Neves foi o primeiro a apresentar um projeto de parceria público-privada para revitalizar esse prédio histórico. O governo Axel Grael deu continuidade ao projeto, com o objetivo de preservar o patrimônio e, ao mesmo tempo, gerar emprego e renda”, lembrou.
O diretor do mercado, Diogo Maciel, comemorou a conquista. “Esse título não é apenas uma homenagem, mas um reconhecimento do trabalho feito aqui. Esperamos que mais empreendedores e lojistas se juntem a nós para continuar trazendo melhorias à cidade”, afirmou.
O mercado conta com uma área de 9.700 metros quadrados e abriga 172 lojas de gastronomia, decoração, artesanato, peixarias, cervejarias e outros serviços. Desde sua reabertura, movimentou mais de R$ 100 milhões e gerou mais de três mil empregos diretos e indiretos.
Desativado em 1977 e abandonado por décadas, o prédio histórico ganhou nova vida e se consolida como um ponto de encontro para moradores e turistas. Com a conquista do título de patrimônio, a expectativa é de que o mercado atraia ainda mais visitantes e investimentos, fortalecendo a economia local e preservando a memória da cidade.
