Horta Comunitária do Morro do Cavalão gera segurança alimentar e refeições orgânicas para quem vive na comunidade
Por Alexandre Brasil
A Horta Comunitária do Morro do Cavalão, em Icaraí, tem colocado luz a um assunto que muito repercute em todo Brasil: a insegurança alimentar. Graças à criação dessa horta, hoje muitas famílias que vivem na comunidade podem ter sua alimentação garantida, além de ter alimentos orgânicos produzidos pelos próprios moradores.
A iniciativa de fazer uma horta comunitária no Cavalão partiu de Mayara Gomes, professora do projeto social Escola Popular Mangangá, que dá aulas de boxe e diversas outras atividades para crianças da comunidade. Segundo ela, a ideia surgiu de uma reflexão em plena pandemia: como pensar a democratização do esporte, se as pessoas têm fome?
“A partir disso, reunimos responsáveis dos alunos da escola popular, lideranças locais e moradores em um Comitê Popular do Alimento. Nas reuniões delineavamos estratégias de combate à fome na comunidade. Inicialmente, priorizando a segurança alimentar, essas estratégias eram a distribuição de cestas básicas ou de cestas agroecológicas. Mas pensando na soberania alimentar, entendi que era necessário um projeto autogestionado na comunidade. Daí veio a ideia de uma horta comunitária”, disse Mayara.
Com um terreno de 900m², a comunidade realiza mutirões regulares. Na última colheita foram colhidas dezenas ramas de aipim. A horta se tornou um projeto de organização popular para o combate à fome e insegurança alimentar, proporcionando não apenas alimentos saudáveis, mas também gerando vida para a comunidade.
“Sua importância para a comunidade envolve a transformação de um espaço ocioso em área de cultivo comunitário, possibilita a edição ambiental e nutricional, e o acesso a alimentos fundamentais para a saúde e o bem-estar. Através da horta geramos vida!”, salientou Mayara.
Cuidada por moradores em conjunto com o Movimento Social, todo o trabalho desenvolvido na horta é feito por meio de mutirões em que cada um dos participantes doa uma parte do seu tempo para o trabalho coletivo.
“Por meio disso, os moradores possuem com a horta uma enorme relação de afeto, zelo e cuidado”, finalizou Mayara.